segunda-feira, 4 de junho de 2012

Presentes sem fim às Crianças? Certo ou Errado?


Outro dia, na hora do almoço me veio à cabeça o tema deste post. Isso porque, desde que voltei a trabalhar, todos os dias, sem excessão, eu compro alguma coisinha pra trazer para casa para os filhotes. Fosse um brinquedinho, um livro, um pacotinho de figurinhas ou até mesmo uma bala!
A questão é que não posso ver nada, nada que eu sei que eles vão gostar (ou seja, praticamente tudo relacionado à crianças com um extra quando se trata do Mcqueen do Carros e das Princesas da Disney!!! rs) que acabo levando para eles.
Nos primeiros dois dias confesso, foi para agradá-los por eu já não estar em casa o dia todo, mas a partir dali, já não é mais, mas sim porque sei que eles vão amar, e ficar com sorrisos lindos e todo empolgados… o que me fascina!
Outro exemplo: outro dia em um grupo que participo de amigas que fizeram Fertilização, uma amiga soltou a questão. Quando vamos comprar presentes de aniversário para alguma criança, acabamos comprando algo para nossos filhos também, algo até baratinho? A resposta foi quase que unânime, SIM!  E me incluo nesta também. Apesar que estava até então me controlando para não mais fazer isso….. até semana passada quando acabei comprando pra eles um potinho em formato de bola e borboleta para eles guardarem tranqueiras.
O resultado disso tudo? É este da foto ao lado. Duas caixas de brinquedos abarrotadas e que eles mal olham, mais uma porção de brinquedos guardados no guarda roupa.
Mas o que mais me preocupa, qual será a consequência disso na criação deles? Sim, porque me recordo, e muitos que lerão este texto vão se reconhecer, mas quando eu era criança não me recordo de comemorarmos o dia das crianças com presentes, alguma vez ou outra meus pais davam algum presentinho baratinho, mas aquele master presente, que eu e meu irmão queriamos  tanto, só no Natal ou  no meu aniversário… e era uma conquista tão emocionante quando recebiamos!!!!
E agora? Tirando o Mcqueen estilo Hot Wheels que meu filho tem e que não larga por nada, não vejo que nenhum dos dois tenham seu brinquedo favorito. Aquele que eles recordarão para o resto da vida, como eu com a Minha Bebê da Estrela, muito menos aquele desejo, que seja o sonho de presente a ponto deles esperarem ansiosamente pelo Natal...  
Também não posso esquecer do agravante que eles vão se acostumar (e quem não se acostuma com coisa boa?!?!) a eu trazer sempre algo todos os dias e no dia que eu não trouxer, será uma decepção.
Por estes motivos é que estou disposta a partir de agora controlar o impulso e realmente presenteá-los ocasionalmente, mas não tornar disso uma rotina. Para o bem do meu bolso, para o meu bem, mas principalmente para o bem deles, que precisam entender que nem sempre a vida nos oferece presentes e que para conseguirmos as coisas precisamos sim batalhar por elas.
Quanto aos vários brinquedos que eles ganham de tios, tias e afins em aniversário e natal, resolvi desde o ano passado seguir o conselho da minha prima. Eu deixo eles abrirem todos os pacotes. Mas seleciono metade dos brinquedos para eles curtirem e guardo sem que eles percebam a outra metade. Depois de alguns meses, quando enjoam daqueles eu troco. Guardo os que estavam com eles e coloco em uso os que estavam guardados. Assim, de certa forma, sempre alguns brinquedos são novidade.
Outro ponto que faço questão de ensinar, desde agora que são pequeninos. O poder do desapego. Sempre que ganham presentes, juntamos alguns que eles não gostam e não ligam e damos embora. Eles inclusive participam da seleção e ficam até felizes em dar! Logo mais quando estiverem maiorzinhos e entendendo bem, pretendo levá-los em instituições para que eles doem à crianças que precisam e eles vejam o quanto podem fazer o bem, mesmo que em coisas simples...
E você, o que acha sobre isso?!?!?!


4 comentários:

  1. Amiga - aqui somos ponto fora da curva então - não compro fora das datas, nem bexiga na rua as vezes - pq tenho em casa - nem qdo compro presentes de aniversário - mas o marido ajuda muito - quero ser pé no chão eterno.
    Sobre os presente do aniversário - deixei os abrir - foi o caos - queriam abrir tudo - vamos ver como vai ser este ano - pq eu não achei bom não!!!

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  2. Pois é, e o exagero dos ovos de páscoa? Mas como tudo, não acho que exista o certo e o errado. Os pais só precisam, como você, parar e avaliar como querem proceder, porque há muitos agindo por impulso, sem medir consequências. Claro que se fosse possível voltar no tempo podendo ter tudo que queríamos seria muito bom, não? Mas será que teríamos a mesma noção de valor das coisas e esforço que temos hoje? Ou talvez não tenha nada a ver e a forma como a criança (e o futuro adulto)encara estes conceitos não mude, independentemente de ela ter tido muito, pouco ou nada. Eu pessoalmente acredito que não é preciso ser um carrasco mão-de-vaca, mas é bom dosar bem como a criança lida com a relação Esforço X Recompensa. Porque se fica muito fácil, da mesma forma que ela ignora o valor de uma boneca cara e a descarta, ela também pode ignorar o valor de um prato de comida, uma fruta, um iogurte e acaba crescendo acostumada ao desperdício, porque nada tem valor significativo pra ela. Vejo demais isso e me choca mais este lance com comida do que a questão dos presentes. Acho que o X da equação é não deixar que fartura vire uma cultura de desperdício na formação da criança.

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  3. bom esse é o tema aqui em casa tb,meu marido ta furioso c tantos brinquedos..tranqueiras q n cabem mais tem 3 sacos n sala no quarto dele 2 caixas...ele na vdd n brinca c nada a diversão dele é tirar os brinquedos do saco e espalhar,depois guardar vou tomar "coragem" dar tudo, coragem q eu falo é pique,pq sempre deixo p depois...e esse dia nunca chega,vou investir agora em uma mesinha uns giz de cera,desenhos...pq ele esta se distraindo mais com essas coisas e dvd. mas eu n compro tudo q vejo n...é bem dificil eu comprar brinquedos p ele.

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  4. Mi, vc perguntou e respondeu rsrsr.
    Aqui na minha casa sempre fui muito certinha com isso. Presentes no dia das crianças, natal e o melhor presente no aniversário, sempre. Qd eu trabalhava fora as vezes trazia um lanche, um suco diferente, um chocolate, mas era de vez em qd... não gerava expectativa.
    E sempre pedi a minha mãe e irmã que não desses varios presentes, sempre foi 1 brinquedo + uma roupa ou sapato. E assim ele nunca tinha muitooooss brinquedos...teve várias bolas, que era o que ele mais gostava, mas daquelas baratinhas.
    Qd fazia festa de niver dele, ele ganhava muita coisa... eu disfarçava e deixava alguns só pra ele abrir e usar... o resto guardava, embrulhado mesmo e de vez em qd dava pra ele (as vezes qd tava doentinho, as vezes qd chegava com varias estrelinhas no caderno).
    E foi sempre assim.
    Hj ele tem 17 anos. Continua ganhando presente da mesma forma. Tem a mesada dele, que eu calculo que tirando as despesas que ele tem de transporte e alimentação, sobra uns 100 reais pra ele por mes. Ensino a ele, que se ele quer algo, ou espera alguma dessas datas ou economiza. Tá dando certo!! :)

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